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Comitê de Cuidados Paliativos do INC humaniza tratamento de pacientes terminais

O Comitê de Cuidados Paliativos do INC, que completou dois anos de funcionamento em abril, humanizou o tratamento de pacientes em condição de terminalidade no Instituto.

O INC tem uma parceria com o Programa de Atenção Domiciliar do Município do Rio de Janeiro, que permite que parte desses pacientes seja tratada em casa. Eles são acompanhados pelo Comitê por meio de consultas online e os familiares recebem aparelhos de pressão e oxímetros para monitorar o estado de saúde dos pacientes.

Dra. Ana Patrícia Nunes de Oliveira, médica cardiologista e geriatra à frente da equipe do Comitê - também integrada pelas enfermeiras Vanessa Florêncio e Noemi Duque, a terapeuta ocupacional Andréa Alfradique e a psicóloga Graziela Maia - explica que o objeto do cuidado paliativo é melhorar a qualidade de vida de pacientes que não têm tratamento curativo para suas doenças cardíacas.

"Nós preparamos planos individualizados de cuidado para os pacientes, a partir do diagrama de avaliação multidimensional. Tentamos buscar o cuidado em todas as dimensões: a física, emocional, sociofamiliar e espiritual. Não tratamos apenas a doença; tratamos do conjunto", esclarece dra. Ana Patrícia.

A dimensão física prevê o alívio dos sintomas da doença cardíaca avançada, como dor, falta de ar, edema e cansaço.

A emocional demanda assistência psicológica para pacientes e familiares desestruturados com a iminência do fim da vida.

A dimensão sociofamiliar consiste em orientar pacientes e familiares sobre direitos legais, por exemplo, relativos à previdência social. Muitas vezes, relata dra. Ana Patrícia, o paciente é o provedor da família e sua maior preocupação é evitar que seus entes queridos fiquem desassistidos economicamente. A equipe também promove, com frequência, a aproximação ou reaproximação de familiares, amigos e parentes com o paciente.

A quarta dimensão é a espiritual. Muitos pacientes e familiares são religiosos e a fé pode ser uma boa aliada para o enfretamento da doença terminal.

Ao contrário de pacientes terminais de câncer, que têm normalmente um tempo de sobrevida mais curto, pacientes cardíacos permanecem em cuidados paliativos, em média, de seis meses a um ano. Alguns, afirma dra. Ana Patrícia, vivem até cinco anos e podem inclusive voltar a trabalhar.

"É muito importante iniciar o cuidado paliativo no momento em que o médico consegue identificar sintomas de terminalidade. O tempo de sobrevida está diretamente ligado ao início do tratamento imediato", ressalta dra. Ana Patrícia.

A proximidade da morte impacta cada paciente de uma forma específica. Alguns, como Eliane Moraes (no centro da foto, cercada pela equipe do INC), de 50 anos, procuram aproveitar cada minuto. Internada no INC até abril, Eliane está atualmente em casa com a família, monitorada pelo Comitê de Cuidados Paliativos e vai ao INC regularmente para o tratamento.

Em 14 de maio, Eliane realizou o sonho de visitar o Pão de Açúcar, um dos cartões-postais mais belos do mundo. A ação foi organizada pelo Programa de Atenção Domiciliar, em parceria com uma organização não governamental. A visita foi noticiada na TV Band:

https://noticias.band.uol.com.br/jornaldorio/videos/jornaldorio/16924945/pao-de-acucar-recebe-paciente-de-doenca-cardiaca

 

Publicado em: 10/06/2021.

Elaborado por: Área de Comunicação INC

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